1. Revolução de 25 de
Abril de 1974
a) Afirmações
comprometedoras dos principais políticos responsáveis;
b) Histórias
do PREC segundo Otelo;
c) Junta de Salvação
Nacional:
decreto-lei 203/74, 15/5, competências do Governo Provisório,
com destaque para o nº 7 – Política Ultramarina,
alínea c);
d) Situação
no terreno em Moçambique;
e) Telegrama do Governador
Geral de Moçambique em 23.07.74, para
Presidente da República (Spínola in “País sem rumo”).
2. Acordo de Lusaka
a) Promessas e
garantias verbais quando se preparavam negociações;
b) Idem antes
do embarque dos 8 negociadores para Lusaka;
c) Termos do
acordo em 7.9.74, não incluindo uma única palavra a
defender os residentes de nacionalidade portuguesa;
d) Mantinha-se
o “Portugal do Minho a Timor”, nos termos da Constituição
de 1933;
3. Pós-independência de
Moçambique
a) Campanha de
perseguição pela FRELIMO aos portugueses;
b) Indiferença,
senão cumplicidade, de representantes de Portugal, em
particular os de ideologia marxista;
c) Publicação
por Moçambique do decreto-lei nº 5/76, em 5/2, promovendo
a nacionalização de imóveis;
d) Início
da intervenção em firmas comerciais e industriais de estrangeiros;
e) Publicação
pela Assembleia da República da Lei nº 80/77, de 26/10,
cujo artigo nº 40º remete para os PALOP a indemnização
aos
espoliados.
4. Passividade do Estado Português
a) Não
recorreu aos Organismos Internacionais;
b) Fez publicar
anúncios em 1976 nos principais jornais de Portugal
convidando a apresentar reclamações pelos bens espoliados
assim
dando a entender que iria encetar negociações, e nada concretizou
até
hoje;
c) O despacho
de 10/12/90, do 1º ministro, Cavaco Silva e a resolução
do
Conselho de Ministros nº 13/92, reconheceram a necessidade de
defender os espoliados e levaram à formação do GAE
que pouco realizou.
5. Processo reivindicativo
a) Entrega de
requerimentos e exposições aos diferentes governos;
b) Formação
da AEMO e AEANG;
c) Entrega de
petições à Assembleia da República:
- Depósitos Consulares - Nº
41/VI (1ª) 6/2/92
- Bens espoliados no ultramar e pedido nova legislação
- Nº 301/VI
(4ª) 21/12/94
d) Entrevista
com o Presidente da Assembleia da República, Comissões
de Economia e dos Negócios Estrangeiros.
6. Adopção da via judicial
a) Acções
referentes a Depósitos Consulares não devolvidos;
b) Acções
para correcção monetária dos mesmos, devolvidos pelo
Tesouro;
c) Acções
nos Tribunais Cíveis, pedindo indemnizações pelos
valores
actuais correspondentes aos bens espoliados;
d) Parecer da
Provedoria da Justiça.
7. Cooperação
a) A cooperação
tem sido preocupação dominante e atribulada dos vários
governos pós 25 de Abril o que parece dever-se a alguma nostalgia
colonialista;
b) Orçamentos
do Estado desde sempre vêm incluindo verbas de largos
milhões de contos para a cooperação;
c) Os vários
Secretários de Estado para a Cooperação não
se preocupam
nem estão posicionados, como é óbvio, para defender
os interesses
dos espoliados;
d) Os chamados
cooperantes sobrecarregam os orçamentos de múltiplos
serviços públicos, desde escolas até exército,
marinha e o mais que
não se divulga;
e) Como é
por demais evidente tem sido estratégia dos diferentes
governos pós 25 Abril, sacrificar os espoliados do ultramar ao bom
relacionamento com os PALOP.
Dezembro 1999 |